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“Escrita de Sinais sem mistérios”
the First Brazilian Book Teaching SignWriting”
by
Madson Barreto
Co-founder and Teacher
at Libras Escrita - Brazil
madson@librasescrita.com.br
www.librasescrita.com.br
and
Raquel Barreto
Co-founder and Teacher
at Libras Escrita - Brazil
raquel@librasescrita.com.br
www.librasescrita.com.br
The SignWriting system (hereafter called “SW”) for the writing of Sign Languages was created in 1974, but only came to Brazil in 1996, with the work of Costa, Stumpf and Borba for to write the Brazilian Sign Language – LIBRAS (BARRETO & BARRETO, 2012). This is not the first script created for sign languages. The earliest record dates from 1822 in Bébian’s book: Mimographie, a notation system for the written record of handshapes, their position on space, the place where the sign is executed, the action performed and the facial expression used (OVIEDO, 2007). Later, in 1960, Stokoe publishes a system of notation for the written record of the Handshapes, Location and Movement. Many other systems like these were created in subsequent years. Of all, the one which most stood out is SW (called in Brazil, “Escrita de Sinais”), used in more than 40 countries around the world (BUTLER, 2012). This is a direct visual writing capable of registering all phonetic-phonological parameters of sign languages: Handshapes, Orientations, Locations, Movements and Non-manual Expressions (CAPOVILLA et al., 2006; SUTTON, 2009; BARRETO & BARRETO, 2012). With the objective to spread this system even further in Brazil, in 2012, Barreto & Barreto publish the book “Escrita de Sinais sem mistérios” (“SignWriting without mysteries”) with 245 pages. Being the first Brazilian book specifically about SW, the book – which has for authors a deaf and a hearing person – has two theoretical chapters with topics of the main Brazilian and international publications and research about this writing, its importance and use. The practical part, from chapters three to sixteen, teaches the SW system step by step, having as its main theoretical basis Sutton (undated; 1998; 2000; 2003; 2009; 2011), Roald (2006) and Parkhursk & Parkhursk (2001; 2008). Each chapter, through means of real photos and explanatory texts, the reader learns new symbols associated directly with LIBRAS phonetic-phonological parameters. It first teaches the most used symbols in writing this language and others that serve as the basis for the writing of other symbols. The orthographic rules of SW applied to LIBRAS grammar are emphasized in each chapter through featured explanations and through more than 606 signs as examples in LIBRAS. The book also has a story – from chapter six to the end – which uses social, linguistic and cultural aspects of the deaf communities in Brazil. The story uses many classifiers and was written directly in SW, as opposed to a Portuguese translation or transcription of a video, using the signs previously taught with attention to the morpho-syntactic aspects of LIBRAS. At the end of each part of the story, the reader relies on the assistance of a bilingual glossary (LIBRAS/Portuguese) and at the end of the book, an appendix with the 111 LIBRAS Handshapes organized into groups according to the ISWA 2010 (SUTTON, 2011). Of these, 6 Handshapes were not reflected in Sutton’s classification and "were written according to the rules established for new Handshapes (SUTTON, 2000) and allocated next to similar Handshapes" (BARRETO & BARRETO, 2012: 230, free translation). In this way, the book, which has already been sold through the website to readers from 23 of the 26 Brazilian States plus the Federal District, diffuses SW and the results of Brazilian and international research. It also provides many other countless and intangible benefits obtained directly or indirectly by readers insofar as they appropriate this writing that promotes new neurolinguistic, social and anthropological connections. The unwritability of Sign Languages has been broken. A new territory that points to infinity was conquered by Deaf Communities.
REFERENCES:
BARRETO, Madson; BARRETO, Raquel. Escrita de Sinais sem mistérios. Belo Horizonte: edição do autor, 2012.
BUTLER, Charles. Re: Who we are?/ How many? Disponível em: <sw-l@listserv.valenciacollege.edu> Message received in: 08 Feb. 2012.
CAPOVILLA, Fernando C.; et al. A escrita visual direta de sinais SignWriting e seu lugar na educação da criança Surda, 2006. In:CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua de sinais brasileira. Vol. II: Sinais de M a Z. 3ed. São Paulo: Edusp, 2006, pp. 1491-1496.
OVIEDO, Alejandro. Roch Ambroise Auguste Bébian (1789-1839): pionero de los estudios sobre la sordera, 2007. Disponível em: <https://www.cultura-sorda.eu/4.html> Access on: 14 Nov. 2011.
PARKHURST, Stephen; PARKHURST, Dianne. A Cross-Linguistic guide to SignWriting®: a phonetic approach, 2008. Available in: <https://www.signwriting.org/archive/> Access on: 22 July 2011.
PARKHURST, Steve; PARKHURST, Dianne. Signo Escritura: um sistema completo para escribir y leer las Lenguas de Signos. Madrid: Promotora Española de Lingüística, 2001.
ROALD, Ingvild. Teng Skrift: innføring i tegnskrift. Bergen: Vestlandet Kompetansesenter, 2006. Available in: <https://www.signwriting.org/archive/> Acess on: 01 July 2011.
STOKOE, William. Sign Language structure: an outline of the visual communication systems of the American deaf. 1960 in Journal of Deaf Studies and Deaf Education, vol. 10 nº 1, Press Oxford University, 2005.
SUTTON, Valerie. Lessons in SignWriting: textbook & workbook. 3rd ed. La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 2003. Available in: <https://www.signwriting.org/archive/> Access on: 30, June 2011.
SUTTON, Valerie. Lições sobre o SignWriting: um sistema de escrita para língua de sinais. Tradução e adaptação: STUMPF, Marianne R.; COSTA, Antônio C. da Rocha. S/D. Available in: <https://rocha.c3.furg.br/arquivos/download/licoes-sw.pdf>. Access on: 30, Jan. 2009.
SUTTON, Valerie. SignWriting - sign languages are written languages! Part 1: SignWriting basics. La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 2009.
SUTTON, Valerie. SignWriting e-lessons: Questions 0018 and 0019. La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 2000. Available in: <https://www.signwriting.org/lessons/elessons/less009.html> Access on: 30, June 2011.
SUTTON, Valerie. The importance of writing sign language down in columns. In: HOEK, Karen van. Writing ASL grammar in SignWriting®. Lesson two: writing spatial comparisons in ASL. La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 1998. Available in: <https://www.signwriting.org/archive/> Access on: 30, June 2011.
SUTTON, Valerie. The SignWriting Alphabet: The international SignWriting Alphabet 2010 (ISWA 2010). La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 2011.
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PORTUGUESE
“ESCRITA DE SINAIS SEM MISTÉRIOS”:
O PRIMEIRO LIVRO BRASILEIRO PARA O ENSINO DO SIGNWRITING
by
Madson Barreto
Co-founder and Teacher
at Libras Escrita - Brazil
madson@librasescrita.com.br
www.librasescrita.com.br
and
Raquel Barreto
Co-founder and Teacher
at Libras Escrita - Brazil
raquel@librasescrita.com.br
www.librasescrita.com.br
O sistema SignWriting (aqui referido como SW) para a escrita das línguas de sinais foi criado em 1974, mas só chegou ao Brasil em 1996, com o trabalho de Costa, Stumpf e Borba para escrever a Língua Brasileira de Sinais – Libras (BARRETO & BARRETO, 2012). Este não é o primeiro sistema de escrita criado para as línguas de sinais. O registro mais antigo data de 1822 na obra de Bébian: “Mimographie”, um sistema de notação para o registro escrito das formas das mãos, sua posição no espaço, o lugar onde se executava o sinal, a ação executada e a expressão facial usada (OVIEDO, 2007). Posteriormente, em 1960, Stokoe publica um sistema de notação para o registro escrito das Configurações de Mão, Locação e Movimento. Tantos outros sistemas como estes foram criados nos anos seguintes. De todos, o que mais tem se destacado é o SW (chamado no Brasil de ‘Escrita de Sinais’), usado em mais de 40 países em todo o mundo (BUTLER, 2012). Esta é uma escrita visual direta capaz de fazer o registro de todos os parâmetros fonético-fonológicos das línguas de sinais: Configurações de Mão, Orientações de Mão, Locações, Movimentos e Expressões não manuais (CAPOVILLA et al., 2006; SUTTON, 2009; BARRETO & BARRETO, 2012). Com o objetivo de difundir ainda mais este sistema no Brasil, em 2012, Barreto & Barreto publicam a obra ‘Escrita de Sinais sem mistérios’ com 245 páginas. Sendo a primeira obra brasileira específica sobre o SW, o livro – que tem por autores uma surda e um ouvinte – tem dois capítulos teóricos com tópicos das principais pesquisas e publicações brasileiras e internacionais sobre esta escrita, sua importância e uso. A parte prática, do capítulo três ao dezesseis, ensina passo a passo o sistema SW tendo como base teórica principal Sutton (S/D; 1998; 2000; 2003; 2009; 2011), Roald (2006) e Parkhursk & Parkhursk (2001; 2008). A cada capítulo, através de fotos reais e textos explicativos, o leitor aprende novos símbolos associados diretamente aos parâmetros fonético-fonológicos da Libras. Primeiramente são ensinados os símbolos mais utilizados para a escrita desta língua e outros que servem de base para a escrita dos demais. As regras ortográficas do SW aplicadas à gramática da Libras são enfatizadas em cada capítulo através de explicações em destaque e por meio dos mais de 606 sinais de exemplo na Língua Brasileira de Sinais. O livro tem ainda uma história – que vai do capítulo seis ao final – que se utiliza de aspectos culturais, linguísticos e sociais das comunidades surdas brasileiras. A história faz uso de muitos classificadores e foi escrita diretamente em SW, não sendo uma tradução do português ou transcrição de um vídeo, usando os sinais anteriormente ensinados com atenção aos aspectos sintático-morfológicos da Libras. Ao final de cada parte da história, o leitor conta com o auxílio de um glossário bilíngue (Libras/ Português) e no final do livro, um apêndice com as 111 Configurações de Mão (CMs) da Libras organizadas em grupos de acordo com o ISWA 2010 (SUTTON, 2011). Destas, 6 Configurações de Mão não constavam na classificação de Sutton e “foram escritas conforme as regras estabelecidas para novas configurações de mão (SUTTON, 2000) e alocadas próximas a CMs parecidas” (BARRETO & BARRETO, 2012, p. 230). Desta forma, o livro, que já foi vendido pelo website para leitores de 23 dos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal, difunde o SW e os resultados de pesquisas brasileiras e internacionais. Propicia ainda tantos outros frutos incontáveis e intangíveis obtidos direta ou indiretamente pelos leitores na medida em que se apropriam desta escrita que promove novas conexões neurolinguísticas, sociais e antropológicas, etc. A agraficidade das línguas de sinais foi quebrada, um novo território que aponta ao infinito foi conquistado pelas Comunidades Surdas.
REFERÊNCIAS:
BARRETO, Madson; BARRETO, Raquel. Escrita de Sinais sem mistérios. Belo Horizonte: edição do autor, 2012.
BUTLER, Charles. Re: Who we are?/ How many? Disponível em: <sw-l@listserv.valenciacollege.edu> Mensagem recebida em: 08 fev. 2012.
CAPOVILLA, Fernando C.; et al. A escrita visual direta de sinais SignWriting e seu lugar na educação da criança Surda, 2006. In:CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua de sinais brasileira. Vol. II: Sinais de M a Z. 3ed. São Paulo: Edusp, 2006, pp. 1491-1496.
OVIEDO, Alejandro. Roch Ambroise Auguste Bébian (1789-1839): pionero de los estudios sobre la sordera, 2007. Disponível em: <https://www.cultura-sorda.eu/4.html> Acesso em 14 nov. 2011.
PARKHURST, Stephen; PARKHURST, Dianne. A Cross-Linguistic guide to SignWriting®: a phonetic approach, 2008. Disponível em: <https://www.signwriting.org/archive/> Acesso em 22 jul. 2011.
PARKHURST, Steve; PARKHURST, Dianne. Signo Escritura: um sistema completo para escribir y leer las Lenguas de Signos. Madrid: Promotora Española de Lingüística, 2001.
ROALD, Ingvild. Teng Skrift: innføring i tegnskrift. Bergen: Vestlandet Kompetansesenter, 2006. Disponível em: <https://www.signwriting.org/archive/> Acesso em 01 jul. 2011.
STOKOE, William. Sign Language structure: an outline of the visual communication systems of the American deaf. 1960 in Journal of Deaf Studies and Deaf Education, vol. 10 nº 1, Press Oxford University, 2005.
SUTTON, Valerie. Lessons in SignWriting: textbook & workbook. 3rd ed. La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 2003. Disponível em: <https://www.signwriting.org/archive/> Acesso em: 30 jun. 2011.
SUTTON, Valerie. Lições sobre o SignWriting: um sistema de escrita para língua de sinais. Tradução e adaptação: STUMPF, Marianne R.; COSTA, Antônio C. da Rocha. S/D. Disponível em <https://rocha.c3.furg.br/arquivos/download/licoes-sw.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2009.
SUTTON, Valerie. SignWriting - sign languages are written languages! Part 1: SignWriting basics. La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 2009.
SUTTON, Valerie. SignWriting e-lessons: Questions 0018 and 0019. La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 2000. Disponível em: <https://www.signwriting.org/lessons/elessons/less009.html> Acesso em: 30 jun. 2011.
SUTTON, Valerie. The importance of writing sign language down in columns. In: HOEK, Karen van. Writing ASL grammar in SignWriting®. Lesson two: writing spatial comparisons in ASL. La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 1998. Disponível em: <https://www.signwriting.org/archive/> Acesso em: 30 jun. 2011.
SUTTON, Valerie. The SignWriting Alphabet: The international SignWriting Alphabet 2010 (ISWA 2010). La Jolla, CA: Center for Sutton Movement Writing, Inc. 2011.
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