"Sign Language Writing:
SignWriting as a Tool in
Deaf Literacy"
"Escrita da Língua de Sinais:
SignWriting como ferramenta no
letramento de surdos" by
Prof. Fernando Henrique
Fogaça Carneiro
and
Profa. Priscila de Abreu Bortoletti
September 1, 2017
by Fernando Henrique Fogaça Carneiro
At the request of dear Valerie Sutton, I share with all our experience with SignWriting at the Special School for Deaf Friars Pacific. Located in the city of Porto Alegre, state of Rio Grande do Sul, Brazil, the school was founded in 1956 and continues its activities until today, attending all Elementary School (equivalent to the Junior School of the United States).
Since my entry as a Mathematics teacher in 2013, I can say that SignWriting began to be used more forcefully in almost every year (some teachers did not feel prepared to use or had no affinity with the system). In the last year we developed a kind of institutional policy of ours, so that SW was in all the materials produced and in the classes of all the disciplines, especially in the first years, when the children go through the process of literacy and literacy.
This year we held a seminar focused on SW and the pedagogical possibilities it provides. We were surprised to see the great adherence of the school community and students, who also chose to attend the event. We are also happy to see that our students, especially the younger ones, have been able to express themselves and write, for example, letters to teachers - just as hearing students do.
Since last year, we have offered SW courses to the outside community. This year I am as a teacher of this course, which was developed in partnership with the Federal University of Rio Grande do Sul.
Many of our activities are registered in three virtual media, in which photos and texts of what is happening at school are published:
- Website (https://www.freipacifico.org.br);
- Facebook Page (https://www.facebook.com/frei.pacifico/);
- Blog (https://freipacifico.blogspot.com.br/).
I place myself at the disposal of conversations and debates, so that we carry on the beautiful project that we are all part of.
Big hug,
Fernando
A pedido da querida Valerie Sutton, venho partilhar com todos a nossa experiência com SignWriting na Escola Especial para Surdos Frei Pacífico. Localizada na cidade de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, a escola foi fundada em 1956 e segue suas atividades até hoje, atendendo todo o Ensino Fundamental (equivalente à Junior School dos Estados Unidos).
Desde o meu ingresso como professor de Matemática em 2013, posso dizer que o SignWriting começou a ser utilizado com mais força em quase todos os anos (alguns professores não se sentiam preparados para usar ou não tinham afinidade com o sistema). No último ano desenvolvemos uma espécie de política institucional nossa, a fim de que o SW estivesse em todos os materiais produzidos e nas aulas de todas as disciplinas, principalmente nos primeiros anos, quando as crianças passam pelo processo de alfabetização e letramento.
Este ano realizamos um seminário focado no SW e nas possibilidades pedagógicas que ele propicia. Nos surpreendemos ao ver a grande adesão da comunidade escolar e dos alunos, que também optaram por participar do evento. Também ficamos felizes ao ver que nossos alunos, em especial os mais jovens, têm conseguido se expressar e escrever, por exemplo, cartas aos professores - da mesma forma que alunos ouvintes também o fazem.
Desde o ano passado, oferecemos cursos de SW para a comunidade externa. Esse ano estou como ministrante desse curso, o qual foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Muitas de nossas atividades são registradas em três meios virtuais, nas quais são publicadas fotos e textos do que ocorre na escola:
- Site (https://www.freipacifico.org.br);
- Página do Facebook(https://www.facebook.com/frei.pacifico/);
- Blog (https://freipacifico.blogspot.com.br/).
Coloco-me à disposição para conversas e debates, para que levemos adiante o lindo projeto que todos fazemos parte.
Grande abraço,
Fernando
SLIDES
1. Escrita da Língua de Sinais: SignWriting como ferramenta no letramento de surdos Prof. Fernando Henrique Fogaça Carneiro Profa. Priscila de Abreu Bortoletti
2. Objetivo Discutir o papel da Escrita da Língua de Sinais, no sistema SignWriting, no processo de letramento de alunos surdos matriculados em uma escola bilíngue na cidade de Porto Alegre
3. Organização da apresentação ? Teorizações: estudos sobre linguística, alfabetização e letramento ? Alfabetização de surdos em língua portuguesa ? Alfabetização e Letramento de surdos a partir de uma escrita da língua de sinais ? Letramento de surdos a partir do SignWriting ? Considerações finais
4. Teorizações: estudos sobre linguística, alfabetização e letramento
5. Signo SignificadoSignificante Signo Fonte: Elaborado pelos autores a partir da teoria de Saussure (2006).
6. Significante e Significado P+O+R+T+A PORTA[?p??.ta] POR-TA para frente + + + Fonte: Elaborado pelos autores a partir da teoria de Saussure (2006).
7. Alfabetização Chamamos de alfabetização o ensino e o aprendizado de uma outra tecnologia de representação da linguagem humana [...] (SOARES; BATISTA, 2005, p. 24, grifo do autor).
8. Letramento [É] o conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no uso da língua em práticas sociais e necessários para uma participação ativa e competente na cultura escrita. (SOARES; BATISTA, 2005, p. 24).
10. O processo de alfabetização Alfabetização em Língua Portuguesa (LP) Aquisição da LIBRAS Fonte: Elaborado pelos autores a partir de imagens de domínio público.
11. Estratégias de alfabetização em LP Fonte: Elaborado pelos autores a partir de imagens de domínio público. Letras soltas Alfabeto manual Palavras soltas
12. Alfabetização de surdos em LP [...] a escrita alfabética da língua portuguesa no Brasil não serve para representar significação com conceitos elaborados na LIBRAS,¹ uma língua visual espacial. Um grafema, uma sílaba, uma palavra escrita no português não apresenta nenhuma analogia com um fonema, uma sílaba e uma palavra na LIBRAS, mas sim com o português falado. A língua portuguesa não é uma língua natural da criança surda. (QUADROS, 1997, p. 5, grifo nosso).
13. Sugestões de leitura sobre alfabetização em LP ? Ensino de língua portuguesa para surdos (SALLES et al., 2004). ? Idéias para ensinar português para alunos surdos (QUADROS; SCHMIEDT, 2006). ? A mediação semiótica no processo de alfabetização de surdos (CADER; FÁVERO, 2000). ? Os processos de alfabetização e letramento em LIBRAS: um processo semiótico (PEREIRA, 2009). ? Algumas considerações sobre a interface entre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e a Língua Portuguesa na construção inicial da escrita pela criança surda (PEIXOTO, 2006).
14. Alfabetização e Letramento de surdos a partir de uma escrita da língua de sinais
15. Escrita ou Transcrição? “A língua de sinais é uma língua ágrafa? Não, mas, até bem pouco tempo, a língua de sinais era considerada uma língua sem escrita.” (GESSER, 2009, p. 42, grifo nosso). “Acreditamos que [o SignWriting] possa contribuir para estudos mais aprofundados das línguas de sinais por possibilitar uma análise descritiva dos elementos formacionais manuais e não manuais constitutivos da língua; entretanto, não pode ser compreendido como registro escrito das línguas de sinais [...]” (LODI; HARRISON; CAMPOS, 2015, p. 14, grifo nosso). “Assim como as demais línguas de sinais existentes no mundo, a Libras constitui-se em uma língua ágrafa.” (LODI, 2014, p. 99, grifo nosso). “A escrita da língua de sinais é importante para nós surdos que temos muita dificuldade de escrever em português.” (STUMPF, 2005, p. 18, grifo nosso). “Até pouco tempo a representação escrita [das línguas de sinais] não existia e, portanto, as línguas de sinais eram consideradas ágrafas.” (SILVA, 2013, p. 18, grifo nosso). Para futuras
16. Sistemas de Escrita/Transcrição Sistema ELiS por Mariângela Barros, em 2008 Notação de Stokoe por William Stokoe, em 1960. Mimographie por Auguste Bebian, em 1825 SignWriting por Valerie Sutton, em 1974. Fonte: Elaborado pelos autores a partir de imagens de domínio público.
17. SignWriting no Brasil Profa. Dra. Marianne Rossi Stumpf Universidade Federal de Santa Catarina Profa. Ma. Érika Vanessa de Lima Silva Universidade Federal do Rio Grande do Sul
19. Materiais Apresentados ? Produções de alunos surdos matriculados nos 2º e 3º anos do Ensino Fundamental. ? Idades entre 7 e 9 anos. ? Escritas espontâneas (cartas e anotações), avaliações, atividades propostas pelas professoras, práticas de leitura e práticas de escrita. Texto espontâneo escrito por uma aluna em sala de aula, após estudos com a turma sobre a Independência do Brasil
20. Escritas Espontâneas Anotações de um aluno durante uma aula sobre o Brasil e os seus Biomas
21. Avaliações Avaliação escrita de um aluno, em língua portuguesa. Não houve a possibilidade de fazer perguntas para as professoras sobre palavras e sinais; mas havia um apoio em SW, o que parece ter sido suficiente.
22. Atividades Propostas Atividade sobre sequência lógica e prática de escrita proposta pelas professoras da turma. Após escrita em SW, a aluna escreveu as palavras em português que conhecia. Cachorro susto ele cachorro ver Correr pular brincar quer feliz Triste cachorro perguntar menina banho bom feliz Feliz cachorro falar banho bom.
23. Práticas de Leitura Livro de literatura infanto-juvenil transcrito para SW pela professora de Língua de Sinais e lido coletivamente.
24. Práticas de Escrita Escrita de um texto (em SW e/ou português) após estudos sobre a Lenda do Tuiuiú. Tuiuiú muito 3 esperar índio esperar amigo. Encontrar chegar comida índio dar Tuiuiú. Feliz rio Tuiuiú peixe comer. Tuiuiú triste Tuiuiú sumir índio procurar Tuiuiú encontrar triste. Tuiuiú índio morrer velho fome
26. Enfim... Desse modo, é proporcionada a comparação entre a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa, considerando que o uso deste sistema, “[...] juntamente com a língua portuguesa[,] facilita a compreensão dos alunos surdos e lhes dá uma leitura autônoma, visto que solicitarão menos o auxílio do professor e utilizarão o SW como apoio tornando o aprendizado natural sem sentimento de obrigação, longe de barreira linguística e/ou sentimento de incapacidade.” (PONTIN; SILVA, 2010, p. 8).
CADER, F. A. A.; FÁVERO, M. H. A mediação semiótica no processo de alfabetização de surdos. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 6, n. 1, p. 117-131, 2000.
GESSER, A. Libras?: que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.
HAUTRIVE, G. M. F.; SOUZA, E. M. A escrita da língua de sinais como meio natural para a alfabetização de crianças surdas. Revista Educação Especial, Santa Maria, v. 23, n. 37, p. 181-194, maio/ago. 2010.
LODI, A.C.B. Texto e Discurso em Libras: possibilidades de apropriação de práticas de leitura e produção de textos/discursos por alunos surdos. In: ERNST, A.; LEFFA, V.; SOBRAL, A. Ensino e linguagem: novos desafios. Pelotas: Educat, 2014. p. 97-126.
LODI, A. C. B.; HARRISON, K. M. P.; CAMPOS, S. R. L. Letramento e surdez: um olhar sobre as particularidades do contexto educacional. In: LODI, A. C. B.; MÉLO, A. D. B.; FERNANDES, E. (Org.). Letramento, bilinguismo e educação de surdos. 2. ed. Porto Alegre: Mediação, 2015. p. 11-24.
PEIXOTO, R. C. Algumas considerações sobre a interface entre a língua brasileira de sinais (LIBRAS) e a língua portuguesa na construção inicial da escrita pela criança surda. Caderno CEDES, Campinas, SP, v. 26, n. 69, p. 205-229, maio/ago. 2006.
PEREIRA, S. R. Os processos de alfabetização e letramento em LIBRAS: um percurso semiótico. 2009. 55 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) – Faculdades Integradas Fafibe, Bebedouro, 2009.
PONTIN, B. R.; SILVA, E. V. L. Língua escrita: português/sinais (SW). In: ENCONTRO DO CÍRCULO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DO SUL, 9., Palhoça, 2010. Anais... Palhoça: CELSUL, 2010. [Documento paginado não sequencialmente].
SALLES, H. M. M. L. et al. Ensino de língua portuguesa para surdos: caminhos para a prática pedagógica. Brasília, DF: MEC, SEESP, 2004.
SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. Tradução de Antonio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. 27. ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
SOARES, M.; BATISTA, A. A. G. Alfabetização e letramento: caderno do professor. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.
QUADROS, R. M. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
QUADROS, R. M.; SCHMIEDT, M. L. P. Idéias para ensinar português para alunos surdos. Brasília, DF: MEC, SEESP, 2006.
2016 Presentation 53 Home For
Deaf Children
Education, Peru
Kristina Tworek
2016 Presentation 54 SignTyp Database
Research, USA
Rachel Channon
2016 Presentation 55 FSW Formal
SignWriting
Software, USA
Steve Slevinski
2016 Presentation 56 SignWriting in
Tunisian Deaf
Education, Tunisia
Laajili & Balti
2016 Presentation 57 Parallel Corpora
Software, Brazil
Alex M. Becker
2016 Presentation 58 Deaf Writing Skills
Education, Portugal
Jorge Manuel Pinto
2016 Presentation 59 Bilingual Deaf
Education, Brazil
Almeida & Júnior
2016 Presentation 60 Bilingual Deaf
Education, Brazil
Daniele Bózoli
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in Unicode
Software, USA
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2016 Presentation 62 SignPuddle 3.0
Software, USA
Steve Slevinski
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Research, Peru
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Literature, USA
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Adam Frost, Jason
Nesmith, Holly Sharer
& the CODA Brothers
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Tunisian Sign Wikipedia
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Decade of Writing
French-Swiss
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French-Switzerland
by Anne-Claude
Prélaz Girod
2017 Presentation 66 The Sutton
SignWriting
Standard of 2017 Software, USA
by Steve Slevinski
2017 Presentation 67 The Writing of Grammatical
Non-Manual Expressions
in Sentences
in LIBRAS
Using SignWriting
Research, Brazil
by Joao Paulo
Ampessan
2017 Presentation 68 Sign Language Writing:
SignWriting as a
Tool in
Deaf Literacy
Education, Brazil
Fernando Carneiro Priscila Bartoletti
2017 Presentation 69 SignWriting Presentations
at the ICONIL in
Bacabal,Brazil
August 2017
by Adam Frost & Marianne Stumpf
2017 Presentation 70 2 Brazilian
TV Programs
on SignWriting
on TV INES,
Brazil, 2017